Expansão só de fábricas por Ari Bruno Lorandi
A produção desabava nos últimos anos
Postado em 02/02/2016
Para os mais céticos (ou menos informados) bastaria olhar os números do IBGE para ver que ao longo do tempo não existe evolução na produção de móveis que justificasse a expansão do parque fabril. Se pegarmos o ano de 1997 como base =100, a evolução dos 18 anos seguintes alcançaria apenas 9,83%, ou míseros 0,55% de média anual. E olhe que nos primeiros 10 anos dessa base (1998 a 2007) a expansão na produção havia atingido 24,9%, média de quase 2,5% ao ano.
Vamos aos números mais recentes, dos últimos seis anos, considerando 2009 como base =100. Agora incorporamos uma base teoricamente maior do volume produzido, e o resultado é que entre 2010 e 2015 a produção de móveis registrou queda de 8,24%. E, finalmente, considerando 2012 como base =100, que é exatamente o que o IBGE considera atualmente, nos últimos três anos a produção de móveis despencou 19%. Essa é a verdade dos números.
Se resta algum consolo é o fato de os preços do mobiliário na indústria nos últimos seis anos, considerando base =100 em 2009, terem atingido até 2015, nada menos do que 42,8%. Porém, antes de comemorar é bom saber que no varejo, no mesmo período e mesma base de comparação, o IPCA subiu 47,9%. E nem um nem o outro conseguiu repassar os preços pela inflação oficial medida pelo IPCA que foi de exatos 48,9%.
Então, a pergunta que não quer calar, se o tamanho do mercado é replique hublot esse, durante todo esse tempo, onde estava a necessidade de cheap uk replica watches expansão do parque fabril aos níveis de hoje? Tudo o que se conseguiu foi aumentar o imobilizado e, consequentemente, o custo fixo e, principalmente, pressionar a oferta no mercado. E olhe que nem analisamos a balança comercial, quando entrou mais móveis do que saiu do País nos últimos dois anos.
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Anivaldo Back
Penso que a arte, a criatividade, a ergonomia e a beleza dos móveis foram abandonadas dando lugar à caixas de linhas retas cheias de quinas agressivas ao uso. Claro que essa moda custa menos e inicialmente podia se vender por mais. O grande problema é que qualquer um pode fazer numa marcenaria de fundo de quintal. Então a mão-de-obra informal concorre com a indústria carregada de impostos e encargos trabalhistas. Cadê aquele móvel diferente e belo, sem cantos pontudos e puxadores feitos de perfil de alumínio serrado sem acabamento e perigosos ao uso ? O conforto foi esquecido. Basta fazer uma caixa reta, jogar uma espuma em cima e tudo certo ?? Isso não precisa de profissional para fazer. Penso que a indústria deve valorizar a criação, puxar a tendência da moda do móvel de forma que só quem investe em tecnologia e paga toda a carga tributária consiga fazer.