Continuamos perdendo por Ari Bruno Lorandi
Dependemos só do mercado interno
Postado em 21/02/2019
O ano de 2018, embora tenha apresentado o resultado positivo de 2017, também não repetiu dos 3 anos anteriores. O problema maior foi a oscilação durante todo o ano, mas de maneira especial depois da greve dos caminhoneiros, em maio. Naquele mês a produção registrou queda de 12,7% e no mês seguinte subiu 27,3% na comparação com o mês anterior, sugerindo recuperação e criando expectativa de que o ano iria retomar em grande estilo. Mas em julho houve recuo de 1,7% na comparação com o mês anterior, normal até certo ponto, dada a elevada taxa registrada no sexto mês do ano. Mas em agosto a taxa ficou abaixo de um por cento, subiu pouco em setembro, mas voltou a patamares muito baixos em outubro e novembro e recuou forte novamente em dezembro (Veja quadro 1). Com tudo isso, ficamos 0,3% abaixo do volume produzido em 2017.
Panerai Replica Watches Mas, o comportamento do mercado moveleiro em 2018, a não ser pelo episódio da greve dos caminhoneiros, não difere dos anos anteriores. Se considerarmos, para efeito de análise mais aprofundada, o período de 1998 a 2019, portanto, os últimos 21 anos que, convenhamos é um ótimo período para avaliar o real comportamento de qualquer setor, a taxa de expansão do volume produzido é de... 0,25% ao ano. E mais, se fizermos um corte por período, veremos que os primeiros 10 anos, entre 1999 e 2008, (quadro 2) a taxa de crescimento alcançou 2,32% ao ano. Foi na década seguinte que recuamos muito e comprometemos o resultado dos 21 anos. Senão vejamos, nos 10 anos subsequentes – 2009 a 2018 – o índice de produção recuou nada menos de 12,44%, (quadro 3) o que significa -1,24% ao ano, em média. E, se olharmos apenas os últimos cinco anos – entre 2014 e 2018 – a queda no volume produzido alcançou a taxa de 26,6%, (quadro 4) ou queda de 5,32% ao ano, em média.
Principal conclusão, o mercado de móveis bateu no teto, Cheap Jerseys Market e isso aconteceu em 2010. A partir de 2011 os índices só baixaram, passando para o terreno negativo até atingir os mais significativos em 2015 e 2016 com -14,6% e -11,0%, respectivamente. Do nível alcançado em 2010, terminados 2018 22,98% menor em volume de produção. Isso é fato. Os números são do IBGE e estão disponíveis para quem quiser checar.
O futuro sem ser vidente
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Se olhar para o passado com números oficiais é fácil, enxergar o futuro é um pouco mais difícil mesmo sendo vidente. Ocorre que um sem número de variáveis pode contribuir positivamente ou afetar negativamente a evolução do setor. Mas é possível antecipar um fator que certamente será fundamental para o bem ou para o mal: a expansão do mercado interno. Por mais que se gaste dinheiro para conquistar o mercado externo, não vamos avançar com a velocidade desejada para acelerar a produção no volume que as empresas necessitam para alcançar o equilíbrio entre demanda e capacidade instalada de produção.
Somos pessimistas em relação à exportação? Não, apenas não temos elementos que apontem para um desempenho importante se considerarmos o histórico (quadro 5). Falta o design made in Brazil, falta cultura exportadora nas empresas. Os melhores resultados foram alcançados no começo dos anos 2000 por conta do dólar valorizado. Preço médio do dólar em 2005, quando superamos 1 bilhão de dólares em vendas, 2,40 reais. Preço em 2013 quando as exportações haviam recuado 30% na comparação com 2005, 1 real e 68 centavos...
TAGS - exportação, IBGE, mercado
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