O Norte do Consumo por Ari Bruno Lorandi
Potencial para móveis de R$ 3,2 bi em 2015
Postado em 06/10/2014
Alavancada pela exploração das riquezas minerais, expansão do agronegócio e incentivos à indústria da zona franca de Manaus, a região Norte experimentou crescimento acima das demais regiões do País nos últimos 10 anos. De 2000 a 2010, por exemplo, enquanto as demais regiões cresceram 48%, o Norte cresceu 68,5%. Em 2011 o PIB da região Norte alcançou R$ 223,5 bilhões. Nada mal para impulsionar o consumo de uma população de 16 milhões de pessoas, que representam 8,3% do País e com um potencial de consumo que vem crescendo a taxas significativas e este ano representa 6% do total brasileiro, expansão de 0,2% neste ano. O potencial de consumo de móveis em 2014 chegou a 5,54%, superando a marca dos R$ 3,2 bilhões e, com isso, o aumento nos últimos cinco anos chegou a 48%.
Zona Franca de Manaus-AM
Mas, por ser uma região com pouca densidade populacional, é preciso conhecer bem as cidades para identificar o que chamamos de “ilhas de oportunidade”. É o caso de Paraupebas (foto abaixo), no Pará, por exemplo. No centro da maior reserva mineral do mundo, a Serra dos Carajás, Parauapebas fica distante cerca de 700 quilômetros da capital Belém, e hoje ostenta o título de maior município exportador do País. A cidade tem um PIB de R$ 19,620 bilhões, o que corresponde a um PIB per capita de 107 mil para cada um de seus 183 mil habitantes.
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Rodovia de acesso a Paraupebas-PA
No estudo “A Nova Fronteira do Consumo no Brasil”, do The Boston Consulting Group (BCG), que mapeou as oportunidades existentes no interior do Brasil, a renda disponível em cidades desse porte, que são mais afastadas das capitais e tem mais de 100 mil habitantes, bolsos de imitacion baratos é subaproveitada. Ocorre que a oferta não vem acompanhando a demanda. A classe média local, com rendimento mensal a partir de R$ 5 mil mensais, não encontra produtos e serviços disponíveis nas capitais, por exemplo. Isso vale também para o setor de móveis que tem como principal desafio desenvolver um formato viável para esta região.
Praça do relógio, em Belém-PA
TAGS - Paraupebas, Norte, consumo
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