Afinal, para onde vamos? por Ari Bruno Lorandi
Fazendo a mesma coisa o resultado será igual
Postado em 16/12/2014
A indústria patinou na produção que, mais uma vez fecha o ano próximo de zero, só que desta vez vai ficar no terreno negativo, o que não acontecia desde 2009.
O repasse de preços na indústria ficará em linha com a inflação medida pelo IPCA que também registra alta dos móveis compatível com a média geral. Tudo fica na casa dos 6,5%.
As exportações mais uma vez registram queda ante o ano anterior. Isso acontece todos os anos desde 2011 e deve fechar 2014 com -2%. Os Estados Unidos são responsáveis pela situação não estar pior. Em 2014 elevaram suas compras em quase 17%. Enquanto isso nosso principal parceiro na América do Sul, a Argentina, comprou 30% menos. Com este desempenho, dos 770 milhões de dólares de 2010, devemos fechar agora pouco mais de 680 milhões. Significa que 90 milhões de dólares em exportações desapareceram em quatro anos.
O mesmo não pode-se dizer das importações que vão de vento em popa. Em 2014 bateram nos 700 milhões de dólares, o que corresponde a 150% de aumento na comparação com 2009. Da China vieram 30% do total, aumento de 11% na comparação com 2013. Hoje, quase 5% dos replica relojes móveis vendidos no Brasil já vem do exterior.
No varejo o Nordeste tem garantido que o resultado não seja tão ruim, embora 2014 feche com volume de vendas apenas 1% acima de 2013. E olhe que Pernambuco e Ceará aumentaram em 8% e 10,6%, respectivamente. Mas o maior mercado brasileiro, São Paulo, registrou retração de 8,1%. Percebeu? São Paulo comprou 8,1% menos em volume. Como o repasse da inflação acabou acontecendo nos pontos de venda, a receita nominal de venda de móveis, também dados do IBGE, se aproxima de 9% e mais uma vez Ceará e Pernambuco lideram a alta com 17,1% e 16,9%, respectivamente. E mais uma vez também São Paulo puxa para baixo com -0,7%.
Enquanto isso as ações da Unicasa, a única negociada na Bolsa de Valores, derreteram imitazioni borse firmate e insistem em ficar abaixo de R$ 2,50, ou seja, valem hoje pouco mais de 15% do que valiam em junho de 2012. E como se isso não bastasse, a Comissão de Valores Mobiliários – a CVM – está investigando os diretores da Unicasa por uso privilegiado de informação em negociações de ações.
Fechamos o ano com mais um escândalo em Minas Gerais, desta vez com a Receita Estadual investigando empresas por sonegação fiscal. Por enquanto são dois grupos na mira do fisco. Mas o problema pode se generalizar a julgar pelo modelo adotado por estes grupos e que é o mesmo adotado por muitas empresas de outras regiões do País.
E quais as previsões para 2015?
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Não se consegue resultado diferente quando fazemos as mesmas coisas. Com isso quero dizer que as indústrias de móveis não fizeram quase nada diferente o que não permite esperar resultados diferentes. Mais uma vez vamos depender do comportamento da parte de cima do Brasil, notadamente o Nordeste de onde podem vir as melhores notícias do mercado. Nossa estimativa é de crescimento de 5,7% em receita nominal de vendas e de 0,5% em volume de móveis vendidos.
O comércio internacional de móveis continuará apresentando o mesmo desempenho de 2014, provavelmente – e na melhor das hipóteses – finalmente estacando o período de queda. E com a alta do dólar, as importações também devem apresentar desaceleração.
TAGS - moveleiro, moveis, mobiliário, 2015, Pernambuco, Ceará, Nordeste
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