A marca do móvel. Que marca? por Ari Bruno Lorandi

Primeiro é preciso designar corretamente

Postado em 28/01/2015

Você já parou pra pensar que até para desenvolver uma campanha de marketing para melhorar a imagem do móvel no Brasil é difícil. Começa pelo problema do nome: móvel é tudo o que se movimenta e na área digital então a palavra aparece sempre como algo digital. Para quem está com a cabeça mais voltada para a casa, quando falamos móvel a pessoa logo associa à imóvel. “Ah, sim, você trabalha com imóveis”, ouço às vezes.
Então podemos tratar o móvel como mobiliário, mas – mais uma vez – o termo se associa, às vezes, à valores mobiliários, muito comentado por quem trata com a Bolsa de Valores e outras vezes novamente confundido com o imobiliário. Quem sabe mobília, mas esta denominação é pouco conhecida.
E para promover os móveis, as peças, então. Roupeiro é também armário e muitas vezes faux sac de luxe  guarda-roupas. Balcão também pode ser buffet, ou arca. E tem ainda os planejados, modulados, projetados, sob medida...
Parece até que fazemos propositadamente, só para confundir a cabeça do cliente, que também tratamos de consumidor, porque imagina-se nas indústrias que cliente é o lojista. Mas o lojista é apenas o intermediário e deveríamos tratar de cliente quem usa, ou utiliza os móveis, jamais consome. Embora, cá entre nós, não raras vezes o cliente tem vontade de consumir com aquilo...
Em outros setores isso não acontece por TV é TV, geladeira é geladeira e assim por diante.
Pois é, mas nós precisamos promover o setor moveleiro, ou seria do mobiliário. Talvez por todas essas dúvidas, até hoje não tenhamos de fato feito um trabalho de profundidade para mostrar quanto o móvel é importante na vida das pessoas.

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