Participação continua caindo por Ari Bruno Lorandi

Em 2009 o consumo de móveis era de R$ 35,7 bilhões

Postado em 20/05/2014

Não vamos muito longe no tempo: em 2009, para um mercado total de R$ 1,767 trilhão, sobrava para o consumo de móveis pouco mais de R$ 35,7 bilhões, ou mais precisamente 2,02% do bolo. Em 2014, dos R$ 3,262 trilhões disponív

eis para o consumo dos brasileiros, o percentual de móveis caiu para 1,65%. Se tivéssemos mantido o percentual de 2009, o potencial de compra de móveis este ano alcançaria quase R$ 66 bilhões e não os R$ 55,8 bilhões previstos. Outro dado, considerando a mesma pesquisa, que é do IPC Maps: o bolo de dinheiro disponível para consumo cresceu 84,58% entre 2009 e 2014. Na mesma base de comparação, o dinheiro disponível para compra de móveis aumentou 56,10%. Voltamos ao ponto central de uma discussão que o setor faz questão de adiar: não se obtém resultado melhor fazendo o mesmo. Pior ainda é fazer mais do mesmo, inflando a oferta. E ficamos inventando congressos para discutir banalidades, ao invés de sentarmos à mesa para questionar height shoes o que vem sendo feito e revolucionar o jeito de fazer as coisas para obter melhores resultados.

Para reforçar o que eu escrevi acima, veja o que diz a designer Silvia Grilli em seu Trendmovel sobre o que se viu na Movelsul: "um festival de cópias adaptadas dos produtos estrangeiros, apenas maquiados com novas cores e detalhes decorativos que não agregam um real valor aos produtos. As exceções existem mas são tímidas porque os empresários têm medo de ousar e insistem em mostrar 'mais do mesmo'".