Números do IEMI contrariam estatísticas por Ari Bruno Lorandi
É um problema trabalhar com dados falsos
Postado em 27/06/2014
O núcleo de Inteligência de Mercado do IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrial – acaba de divulgar um novo estudo sobre o mercado de móveis. Denominado “Mercado Potencial de Móveis em Geral 2014”, o documento aponta que este ano a produção de móveis deverá ter crescimento de 3,5% em volumes de peças, enquanto as importações deverão crescer 14,5% e as exportações 8,0%.
No caso da projeção de crescimento da produção se confirmar, 2014 será um ano atípico porque em 2013 chegou a 2,7% e no ano anterior foi de apenas 0,7%. Mas...
O problema é quando se refere às exportações previstas para este ano. De janeiro a maio as exportações caíram 2% e é impossível que haja crescimento de 8%, como prevê o IEMI. O ritmo de crescimento das importações também aponta para alta de 4,5% este ano, pouco mais do bolsos de imitacion que os 4% de crescimento registrado em 2013. Portanto, muito longe da previsão do IEMI.
O IEMI também afirma que “entre 2009 e 2013 as exportações caíram 10,4% em valores (em dólares), o que corresponde a um recuo de 2,7% ao ano. Já as importações aumentaram 2,7 vezes no mesmo período, um crescimento de 28,6% ao ano”. Isso também não procede. Veja os fac-símiles abaixo, do site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o MDIC.
Como se vê, as exportações de 2009 totalizaram US$ 723.980.389 e as de 2013 alcançaram US$ 719.246.127, ou seja, a redução de 2009 para 2013 foi de apenas 0,65% em dólar, independentemente de sua cotação no mercado.
E as importações?
Como se vê acima, em 2008 totalizaram US$ 360.025.370 e em 2013 alcançaram US$ 888.950.901, ou seja, alta de 147%, ou média de 29,4% ao ano, precisamente.
“O país importou móveis principalmente da China, com 53,2% dos valores totais em 2013. Em seguida aparecem os Estados Unidos e a Itália, com 8,0% cada”, informa o IEMI. Mas os números do MDIC mostram diferente: as importações da China em 2013 alcançaram US$ 65,6 milhões (30,7%), Estados Unidos exportou para o Brasil 13,7% do total e a Itália 4%.
O IEMI informa que as exportações têm como principal destino os Estados Unidos, com 17% dos valores totais em dólares de 2013. Em segundo lugar aparece o Reino Unido, com 14%, seguido do Peru com 7,4%”. Os dados do MDIC mostram que o maior importador em 2013 ysl bolsos imitacion é a Argentina com 16,9%, seguida pelos Estados Unidos com 19,1%, enquanto o Peru ficou em 5º com 5,7%.
“Em valores (em dólares), projetando-se uma taxa cambial de R$ 2,44 por dólar, a produção de móveis chegaria a US$ 14,5 bilhões em 2014”, afirma o IEMI. De fato, estes números transformados em reais significam R$ 35,3 bilhões, muito próximo da estimativa do Intelligence Group, que prevê para este ano receita bruta das empresas na casa de 34,3 bilhões de reais.
TAGS - estatísticas, IEMI, potencial de móveis, ibge
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